Na campanha eleitoral passada, presenciamos um forte debate sobre as privatizações no país.
De um lado o Lula, que ao longo do seu primeiro governo fortaleceu as empresas estatais, dando a elas maior autonomia, mais vigor, fazendo com que todas - indistintamente - pudessem cumprir uma função social, sem deixar de buscar sua viabilidade econômica no mercado.
Os melhores exemplos dessa política são a Petrobras, ao alcançar a auto-suficiência em petróleo, e o BNDES, que voltou a ser um banco de fomento, iniciando uma política de investimento, que precisa de ser ampliada e desburocratizada, voltada para os pequenos e médios empresários.
Do outro lado, o PSDB/PFL - que foram responsáveis pelo maior programa de privatização do país, venderam quase todo o nosso patrimônio, inclusive setores estratégicos como energia, Vale do Rio Doce e outros.
No tempo em que eles governaram o país, convivemos com um forte desequilíbrio das contas públicas e o Estado brasileiro continuou endividado e até hoje perguntamos: o que eles fizeram com o dinheiro da venda das estatais? O Estado de São Paulo, por exemplo, quando os tucanos assumiram o governo há 12 anos, a dívida paulista era de R$ 34 bilhões. Hoje estamos com uma dívida superior a R$ 180 bilhões. O nosso estado não obteve nenhum resultado com as privatizações, pelo contrário, ficaram muitas dúvidas sobre a licitude do programa, que aliás foi objeto de um pedido de CPI na Assembléia Legislativa e os tucanos impediram a sua instalação.
Lula disse num dos debates na TV que os tucanos não podiam ver uma propriedade do Estado que já queriam vendê-la. Pois bem, a Folha de São Paulo traz hoje em sua edição uma matéria com o seguinte título: Governo de São Paulo quer vender imóveis para gerar receita. Segundo o jornal, a iniciativa foi batizada com o nome de Programa de Desmobilização. Nome sugestivo, hein! Dá margem a uma série de ilações.
"O referido programa tem como ponto de partida 329 imóveis cuja venda foi legalmente autorizada para alimentar a recém-criada Companhia Paulista de Parceria (CPP), dando lastro às obras por meio de PPP", diz o jornal.
Ah! Segundo o secretário da Fazenda, a venda de 20% das ações da Nossa Caixa não está descartada.
Lembram, caros leitores, a indignação dos tucanos quando foram acusados de privatistas na campanha eleitoral? Taí: a indignação deles naquele momento era só para ganhar voto.
Eles continuam os mesmos!
Olha, se o estado financiar a venda como fez com a eletropaulo eu até arrisco. Esse é o caminho natural tucano... rsrsrrs
ResponderExcluirUm abraço
Armando
Como eu li aqui outro dia esse deve ser um problema que faz parte da natureza tucana, vender, vender, vender. Não importa o preço. Gostando do blogue.
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