Os "10 mandamentos" do governador Serra para a segurança pública revelados em reportagem do Jornal da Tarde deste domingo (7) podem ser traduzidos como "idéias de sobra e novidades de menos".
Praticamente todos eles já foram ou são objeto de estudo de especialistas e, diga-se de passagem, o Ministério da Justiça do governo Lula os ofereceu ao governo paulista ainda durante a crise de segurança iniciada com os ataques do crime organizado a partir de maio de 2006.
Inteligência policial, integração entre as polícias, maior contingente de agentes da Polícia Federal, cooperação com as forças armadas, combate à lavagem de dinheiro e a outras formas de atuação do crime, repasse de recursos, mudanças na legislação etc - são todos itens importantes e que deveriam nunca ter saído da pauta de quem se preocupa com a questão da segurança pública. E essa foi a linha que o governo federal adotou na relação com os governos estaduais na administração do ministro Márcio Thomaz Bastos, notadamente com São Paulo - que resistiu a uma cooperação maior por mero orgulho e por interesses eleitorais.
Vale lembrar que Lula destinou R$ 100 milhões a São Paulo em termpo recorde, ainda no ano passado. O problema dos recursos, portanto, está sendo equacionado há algum tempo.
Vamos ver se agora as idéias que Serra diz ter abraçado sairão do papel ou, como é característico das ações do tucano, não passarão de mais um factóide, desta feita, do universo numérico. A propósito, Serra e o prefeito do Rio, César Maia, se igualam na arte de criar "factóides" - este último inclusive dedicado praticamente em tempo integral a espalhar fofocas políticas usando a internet e a imprensa.
É preciso ter peito, vontade política e sair do palanque para que as idéias - que não precisam ter "um pai" - venham para beneficiar de verdade a população paulista.
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