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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Discursos escorregadios

Tucanos são criaturas que exercitam por demais o discurso escorregadio - vão tentando jogar as responsabilidades dos próprios erros no colo alheio. Foi assim no caso do caos durante os ataques do crime organizado em São Paulo e nos outros episódios, mas agora passou da conta quando o assunto do grave acidente nas obras da linha 4 do Metrô tomou o noticiário nacional e internacional.

O mestre do contorcionismo discursivo, Geraldo Alckmin, tentou jogar a culpa pela falta de fiscalização no Banco Mundial, um dos financiadores do projeto. No site Conversa Afiada (clique aqui), do jornalista Paulo Henrique Amorim, o gerente de Projetos de Banco, Jorge Rebelo, disse que a instituição "nunca impediu que o Metrô de São Paulo fiscalizasse as obras". E completou: “Isso que está sendo circulado na mídia e nos periódicos não é verdade. Não foi estabelecido nenhum limite de nenhuma forma”, disse Rebelo a Paulo Henrique Amorim.

Outro escolado em matéria de escorregadas no palavreado é o governador atual, que descasca até hoje o abacaxi deixado pelo antecessor tucano. Por sua vez, já depois de assumir o cargo, o tucano foi até o Banco Mundial pedir "um financiamento adicional" ao organismo financiador do projeto - isso antes do acidente. "Serra pediu mais US$ 95 milhões para cada um dos bancos. O argumento do governador de São Paulo é que o dólar se desvalorizou em relação ao real e por isso o primeiro empréstimo (US$ 209 milhões de cada um dos bancos) não foi suficiente", revelou o Conversa Afiada.

Parece coisa que está no DNA dos tucanos essa mania de fazer de conta que não é com eles...

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