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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Tempestade em copo d'água

A recente decisão do governador baiano Jaques Wagner (PT) de retirar a segurança que era mantida pelos cofres públicos no memorial em homenagem ao falecido deputado Luís Eduardo Magalhães provocou o que se chama popularmente de 'tempestade em copo d´'água'. Meramente administrativa, a medida visou apenas retirar da esfera pública uma tarefa que é de caráter privado, pois cabe à família do deputado - que age sob o comando do senador Antônio Carlos Magalhães (ACM) - oferecer proteção ao monumento por ela construído.

ACM, como sempre, acusa o petista de perseguição à memória do filho, ao PFL e tudo o que se possa imaginar. Enviou até um "alerta" ao governador baiano sobre "eventuais ataques de correligionários" de Wagner ao memorial de Luís Eduardo. Bobagem. O que foi feito, exclusivamente, foi zelar pelos cofres públicos, pois o Estado bancava uma atividade que, hoje, a própria família ACM mantém. Tanto que ao ser informada antecipadamente da medida do governador atual, esta contratou seguranças particulares que revezam 24 horas no local. Obrigação da família, obrigação do Estado liberar policiais e recursos para a segurança da população de um modo geral.

Desacostumado à idéia de um governador que não obedeça toda e qualquer ordem do clã, ACM viu no fato uma possibilidade de acusar o PT de perseguição política. O Estado, sabe-se, é visto por certo grupos como o caminho mais curto para seus interesses privados. Mais uma vez, um ditado ilustra essa reação do senador baiano: "O hábito do cachimbo faz a boca torta"

O resto é politicagem, é criação de fato político para entreter a imprensa e a parte do povo baiano que ainda segue cegamente o carlismo naquele Estado.

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