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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Sobre a histeria antichavista

Escrevi ontem aqui sobre a histeria que tomou conta de boa parte da imprensa brasileira acerca do presidente venezuelano Hugo Chávez. Hoje, o colunista Fernando de Barros e Silva escreve na Folha um artigo que provoca a partir do título e traz algumas considerações que considero apropriadas, embora discorde de outras.

Em Quem tem medo de Chávez?, o jornalista diz, por exemplo, que "Há muita incompreensão, há exageros "antibolivarianos" e há, em certos casos, uma histeria que sugere a reedição do CCC -sempre em nome da democracia. Mais uma vez, a omissão e o silêncio táticos da esquerda democrática abrem caminho para a direita furibunda (assinante da Folha ou do UOL clica aqui para ler o artigo).

Foi, pelo menos, um primeiro passo na grande imprensa para se discutir o tema Chávez sem um mergulho na "histeria quase que coletiva" que tomou conta de grande número dos nossos analistas nos últimos tempos.

Afinal, como reforça Barros e Silva no artigo, "Chávez não é, como ele mesmo brincou, 'uma florzinha', mas o antichavismo em curso não parece menos caricato e regressivo".

Um comentário:

  1. Olá, João Antonio “A depender dos jornais brasileiros, nos nunca saberemos os detalhes da campanha para derrubar Hugo Chávez que completou oito anos - com um golpe mal sucedido em abril de 2001 e uma greve patronal de 64 dias - de dezembro de 2002 a janeiro de 2003. Agora a mídia brasileira está em campanha para salvar a pele da RCTV, a emissora venezuelana que está sob a ameaça de não ter a concessão renovada pelo governo venezuelano, em março. O curioso é que esta mesma mídia sonega informações a leitores e ouvintes sobre as razões que levaram Chávez a reagir com mão pesada contra a emissora. Pretendem enganar os brasileiros, como se a RCTV fosse vítima de um ditador. Mas como estamos na idade da internet, as informações circulam com muito mais rapidez do que no passado. E quem sonega notícia acaba sendo desmascarado”.

    Alexsandro de Almeida (Dudu - Jaçanã)

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