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sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Acredite se quiser

A famosa série de TV Acredite se quiser, apresentada pelo ator Jack Palance na década de 1980, vez por outra teima em ser revivida de modo torto pelos meios políticos e certos setores empresariais. Este é o caso da ladainha das empresas concessionárias de rodovias que alegam "eternos prejuízos" com a administração dos trechos concedidos desde o governo tucano de Mário Covas.

O curioso é que esses consórcios estão por toda parte, entrando em mais e mais concessões, seja de estradas ou de Metrô. Estudos independentes mostram que a história não é bem assim: a fase dita de 'prejuízos' já passou faz tempo, mas elas querem mesmo é 'recuperar' o que alegam terem perdido. E os contratos? Bom, pedem e conseguem prorrogação. Por que não pedem para sair de um negócio "tão ruim?". Fica a pergunta, com base em diversos estudos que apontam o crescente lucro do setor. O tal 'prejuízo passado' é o que elas querem cobrar agora do Estado. E, pelo jeito, serão atendidos pelos sempre solícitos tucanos.

Alguém acredita que o setor de concessões de rodovias dá prejuízo com os pedágios custando os olhos da cara? O velho ucraniano Palance morreu em 2006 e, além do cinema, ficou famoso ao apresentar na TV os casos mais estranhos de que se tinha notícia então. E sempre terminava com a frase-título do programa: "Acredite se quiser!".

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