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terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sobre a "Terceira Via"

O "Grupo dos 30", que só conseguiu reunir 15 deputados federais, decidiu lançar o tucano Gustavo Fruet como "3ª Via" para a disputa da presidência da Câmara dos Deputados.

A candidatura já nasceu dividida: os três deputados do PSOL decidiram não apoiá-la e o PSDB majoritariamente já havia anunciado apoio ao deputado Arlindo Chinaglia.

Tudo indica que eles querem somente marcar posição. No fundo, a estratégia do grupo é tentar levar a eleição para o segundo turno. Nada está definido, porém a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia tem se tornado mais consistente políticamente com os recentes apoios recebidos. Aliás, tomando como referência a entrevista do candidato escolhido, o "Grupo dos 30" estará na total dependência do PSDB, pois Fruet garantiu que sua candidatura é "para valer", mas afirmou que submeterá o seu nome ao apoio da bancada do PSDB que, segundo ele, é fundamental para a viabilidade de uma candidatura alternativa.

E disse mais: "Uma candidatura sem o aval do PSDB é só para aumentar a cizânia e a divisão interna".

A escolha do deputado tucano provocou a saída do PSOL, que não concordou com a escolha de um nome do PSDB. A preferência do PSOL era por Luiza Erundina (PSB-SP), que o partido considerava a mais apropriada para defender o resgate da credibilidade da Câmara dos Deputados. "O PSDB trouxe para a terceira via um problema interno. Eles estão enfraquecendo a terceira via e podem até inviabilizá-la", criticou o deputado do PSOL Ivan Valente, comentando a declaração de Fruet de submeter sua candidatura ao aval da bancada tucana.

Uma candidatura com esse grau de divisão não merece credibilidade. Estou convencido que a proporcionalidade é o melhor para o Brasil e o deputado Arlindo Chinaglia reúne as melhores condições para construir uma Mesa Diretora que seja a expressão verdadeira dos partidos que estão presentes na Câmara dos Deputados.

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