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segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

De acusador a acusado

Raul Jungamnn, ex-ministro de FHC, viveu os últimos anos pregando a moralidade pública, se passando por ético, por "incorruptível" - mais parecia um delegado de polícia do que um deputado. Para ele, tudo o que o Ministério Publico falava dos outros era verdadeiro.

Parece que o deputado mudou de idéia. Veja o que ele falou em entrevista coletiva: "Por que jamais fui ouvido? Por que o Ministério Público nunca me chamou para me defender? Sou o principal acusado e nínguém me ouviu", disse o deputado.

Na ação, o MP acusa Jungmann e outras sete pessoas de participarem de um esquema de desvio de recursos públicos para pagamento de contratos de publicidade no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entre 1998 e 2002 - em 1998, Jungmann era presidente do Incra, assumindo o ministério um ano depois. De acordo com o MP, "os contratos de publicidade firmados entre o Incra e as empresas Casablanca e Artplan teriam causado prejuízos de R$ 33 milhões aos cofres públicos."

E agora como é que fica deputado? O que o Ministério Público está falando não vale?

Não é bom jogar pedra no telhado do vizinho quando se tem telhado de vidro!

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