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segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Será ele o "dono do mundo"?

Em 2003 assistimos a invasão do Iraque e, recentemente, a execução de Saddam Hussein a mando de George W. Bush, presidente dos EUA. Na época, o governo americano justificou a invasão apresentando ao mundo um relatório fajuto dizendo existirem armas de destruição em massa naquele país. O cinismo foi tamanho que não demorou uma semana para o tal relatório ser completamente desmoralizado.

O mundo sabe que Saddam foi um ditador sanguinário, usou o poder em benefício próprio. Não existe nada do seu período que possamos defender. Porém, é bom que se diga: quem fez o Saddam forte foi o governo americano.

Quando era de seu interesse, os EUA - para combater aqueles que julgavam serem os seus inimigos no Oriente Médio (como o Irã e a Líbia), precisando do Iraque, não tiveram dúvidas em fortalecê-lo.

Todavia, foi só o Iraque ameaçar os interesses econômicos americanos, bem como a sua influência política na região, que o "todo-poderoso" Bush sacrificou vidas humanas, ocupou o Iraque, impôs um governo dócil aos seus interesses e, como se fosse um deus, está decidindo quem do antigo regime deve viver ou morrer.

O governo americano não pode se arrogar de dono do mundo. Eles precisam respeitar as normas internacionais, a autonomia dos povos, o direito das nações se organizarem livremente sem a sua tutela e sem submeter-se aos seus interesses econômicos.

Afinal, vendo o mundo como ele é, respondam, leitores: quem causou mais danos à humanidade foi o governo americano ou Iraque?

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