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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Oligarquias brigam pelo 'novo' PD-PFL

A tentativa do PFL de 'renovação' esbarra de cara na sucessão da oligarquia pefelista do sul do país, comandada pelo cacique Jorge Bornahausen, que controla o partido. Com um novo nome - se chamará Partido Democrata (PD) a partir de março -, o pefelê de sempre tem uma disputa interna que tem tudo para azedar a festa da mudança de batismo da ex-UDN, ex-Arena e ex-PDS.

Nada menos que cinco filhotes dos caciques querem tomar conta do partido para "a nova era": o recém-eleito deputado federal Felipe Maia (filho do senador potiguar José Agripino Maia - RN), Paulo Bornhaunsen (filho do senador Bornhaunsen - SC), Efraim Filho (rebento do senador paraibano Efraim Morais), Rodrigo Maia (filho do prefeito carioca César Maia) e, como nem todo mundo nas oligarquias é, necessariamente, filho, ACM Neto - cuja identificação familiar dispensa comentários.

A turma acima faz de conta que outros setores também não estão no páreo: o prefeito Gilberto Kassab que, embora não seja filho ou neto de nenhum dos oligarcas acima, tem como padrinho o governador tucano José Serra.

Cabe a pergunta óbvia: o que um tucano tem a ver com uma briga familiar no PD-PFL? Nesse caso, sabe-se, Kassab não dá um passo seu consultar Serra, e muitos pefelistas e futuros "democratas" não dão um passo sem olhar os movimentos dos tucanos. Isso ocorre há mais de uma década em São Paulo. E no Brasil como um todo ainda não mudou. Quem vencerá?

A previsão é que fique tudo em família(s). Caso contrário, o ninho tucano abarca o ex-pefelê de uma vez por todas...

2 comentários:

  1. Na verdade não podemos nem falar em nepotismo e sim dinastia na política bras., não é diferente em qualquer partido político com seus membros e essa exposição fica mais evidente quando se trata do norte e nordeste, pois ainda pensam o Br como colonia deles. Esse ainda é o país dos coronéis.

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  2. No início da década de 90, um grupo de professores, amigos meus, foram dar curso de capacitação e reciclagem para outros professores, no sertão da Bahia. Após o curso, foram recebidos pelo Antonio Carlos Magalhães para um churrasco de despedida e encerramento do curso. Isso aconteceu numa das propriedades do dito cujo. Os professores ficaram abismados com o que viram. A piscina era de água mineral puríssima (em pleno sertão bahiano) e as torneiras era folheadas a ouro! Quem tem um castelo desse, já não é mais chamado de coronel, mas imperador da Bahia. O atual governador, nosso companheiro, vai ter muito trabalho!

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