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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Um sonho americano e um sofisma

O jornal norte-americano USA Today faz uma análise crua sobre o dilema do imperador George W. Bush de retirar ou de manter a ocupação militar do Iraque. Atolado até o pescoço numa aventura bélica que custou milhares de vidas de soldados americanos e de centenas de milhares de iraquianos, o governo Bush persegue seu maior sonho: encontrar uma "saída honrosa".

Só que nessa tentativa, Bush usa - como é costume de quem invade - o sofisma de que "a democracia prevalecerá". O USA Today resgata um discurso do presidente de janeiro do ano passado no qual ele disse: "A história demonstrou que as nações livres são nações pacíficas". Se ele se referiu ao seu país está correto. Se quis dizer em relação ao Iraque, sofismou feio: o Iraque, hoje, não é uma nação livre e nem a política de ocupação trará liberdade e, muito menos, democracia àquele país.

Outro ponto, usando ainda a afirmação de Bush: os Estados Unidos, de fato, são livres e têm uma democracia vigorosa, mas nem por isso podem ser classificados - e a história prova isso - como "uma nação pacífica". Pelo menos no que diz respeito aos países onde resolve patrocinar invasões, guerras fraticidas e estimular o belicismo com a venda de armas e treinamento de rebeldes etc.

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