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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Duas máquinas eleitorais em 2008 e 2010

Os dados da execução orçamentária trazidos hoje por alguns jornais mostram que a máquina eleitoral em São Paulo fez praticamente dobrar o gasto do governo paulista entre 2002 e 2006. O período correspondeu à reeleição de Alckmin (2002), passou pela eleição de Serra à Prefeitura (2004) e coincidiu com a manutenção dos tucanos no Palácio dos Bandeirantes (2006).

Como Serra agora só trabalha para si pensando em 2010, eis que surge uma tarefa eleitoral mais próxima: manter o prefeito Gilberto Kassab (PFL) como representante tucano na cidade de São Paulo entre 2008 e 2012. Assim, nada mais 'compreensível', como se diria em tucanês, do que "unir as duas administrações para o bem comum" (eufemismo tucano para "uso do dinheiro público para fins eleitoreiros").

A cidade de São Paulo e o Estado correm o risco de assistir, simultaneamente, ao uso escancarado de duas máquinas públicas em benefício de uma candidatura - no caso a do prefeito. Que, se eleito, em 2010 daria "todo o apoio ao chefe".

Ambos terão que combinar antes com os eleitores-cidadãos de São Paulo, pois Alckmin fez tudo isso em 2006 e a força do povo o impediu de governar o país que, sorte nossa, escapou de "ir pro buraco".

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