Por Celina Sales
Na semana passada acompanhamos, cada um a seu modo, a entrega do Oscar. Na minha opinião de amadora e sem querer polemizar, até porque meus conhecimentos não são profundos, não acho que o Oscar seja uma premiação representativa do que se produz mundo afora com qualidade.
Não quero dizer que os filmes são todos ruins, mas acho que Festivais como o de Berlim, Cannes e Sundance e o Globo de Ouro apresentam filmes muito melhores. Mas a supremacia americana tem sido imbatível há anos e a festa, acompanhada pelo mundo inteiro, é uma grande fogueira de vaidades.
Vou me ater ao prêmio de melhor ator. Desde muito cedo acompanho os trabalhos de Forest Whitaker, que nunca esteve entre atores mais falados da indústria cinematográfica. Torci muito por ele porque gosto do seu trabalho.
Biografia (Vídeo 21) - "O ator e diretor norte-americano Forest Whitaker, que tem sua carreira construída sobre papéis de coadjuvantes, costuma roubar a cena com suas interpretações discretas de uma grande variedade de personagens, foi o que aconteceu em filmes como Platoon e Bom Dia, Vietnã, tendo se firmado como um dos grandes atores negros de sua geração.
Formado em Música pela University of Southern California (USC), onde entrou com uma bolsa para jogar futebol americano, Whitaker também estudou drama em Berkeley e participou de inúmeras peças antes de estrear frente às câmeras com apenas 21 anos em Picardias Estudantis, de 1982, coincidentemente interpretando um jogador de futebol.
Mas só quatro anos depois Whitaker atrairia a atenção da crítica ao interpretar o jovem jogador de sinuca que desafia o personagem de Paul Newman em A Cor do Dinheiro, de 1986. Dois anos depois, o ator seria escalado por Clint Eastwood para o aclamado papel do músico de jazz Charlie "Bird" Parker na cinebiografia Bird, pelo qual ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Em 1992, Whitaker conquistaria a fama com o papel do soldado britânico capturado cuja relação com o misterioso personagem Dil catalisa o enredo de Traídos pelo Desejo. O sucesso do papel faria Whitaker trabalhar incessantemente nos próximos anos.
De um estilista famoso no filme de Robert Altman sobre o mundo da moda Pret-a-Porter, em 1994, passando pela ficção científica A Experiência, no ano seguinte, até o aclamado drama de Wayne Wang, Cortina de Fumaça, de 1995, adaptação de uma série de contos de Paul Auster, Whitaker passou por quase todos os gêneros do cinema.
Além de seu trabalho frente às câmeras, Whitaker também fez suas incursões como diretor, embora não tão bem-sucedidas como seu trabalho como ator, em Falando de Amor, uma adaptação do romance de Terry McMillan com Angela Basset e Whitney Houston no elenco e Quando o Amor Acontece, um drama com Sandra Bullock no papel de uma mulher que retorna à sua cidade natal após descobrir que era traída pelo marido.
Entre seus papéis mais recentes estão o personagem-título do filme de Jim Jarmusch, Ghost Dog, de 1999, um assassino de aluguel e um alienígena na ficção científica A Reconquista, produzida e protagonizada por John Travolta, em 2000".
Assim, destaco dois filmes, entre tantos:
BIRD (Bird, EUA, 1988) - Elenco: Forest Whitaker, Diane Venora, Samuel E. Wright, Keith David.
Sinopse - Filme sobre a vida do saxofonista Charlie "Yardbird" Parker (Forest Whitaker), dirigido por Clint Eastwood, grande aficcionado do jazz. O filme destaca os amores de um dos mais famosos jazzmen norte-americanos, além de seus problemas com as drogas e com o álcool, que interferiram em sua carreira. Vencedor do Oscar de Melhor Som, em 1989 (Cineclick)
TRAÍDOS PELO DESEJO (The Crying Game, Inglaterra, 1992) - Elenco: Forest Whitaker, Miranda Richardson, Stephen Rea, Adrian Dunbar, Breffni McKenna, Jaye Davidson, Joe Savino, Jim Broadbent.
Sinopse - Esse suspense de Neil Jordan ganhou o Oscar de roteiro original. Stephen Rea, que sempre está nos filmes do diretor, é Fergus, um militante do IRA que fugiu de Londres depois de uma missão malsucedida, que teve a morte de um refém. Considerado traidor, é perseguido pelos seus antigos companheiros do grupo, ele vai atrás de Dil (Jaye Davidson), a ex-namorada do refém morto. Os dois acabam se apaixonando, mas ela nada sabe de seu passado terrorista, tampouco ele sobre a vida dela (Cineclick)
Bom fim de semana!!!
Parabéns !
ResponderExcluirPela iniciativa de fazer do seu Blog mais um canal para falar sobre artes .
Bem acertada suas ponderações Celina Sales .
um abraço