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terça-feira, 24 de abril de 2007

Entre ser oposição e ser contra o país


Os jornais noticiam o clima de 'desconforto' reinante em parte da oposição por causa dos encontros recentes de lideranças oposicionistas com o presidente Lula. Há que se observar que existe, isso sim, um movimento entre líderes de partidos da oposição que demonstra a capacidade destes de separar os seus interesses eleitorais imediatos dos interesses maiores do país. É um esforço salutar de alguns nomes de peso da política nacional para vencer o seguinte dilema: ser oposição ou ser contra os interesses nacionais?

Os defensores do 'quanto pior, melhor' - representados pelas figuras que demonstraram o comportamento mais raivoso no período de 2005 e 2006 - apostam que o melhor caminho é não compartilhar de quaisquer idéias, projetos e propostas que venham do atual governo. A idéia é 'ser contra o governo', mesmo que isso represente ser contra o que deseja a sociedade.

Compreendo essa dificuldade de setores da oposição, mas noto que alguns líderes já entenderam que estava na hora de descer do palanque e discutir propostas, ações e projetos que tragam melhorias concretas. É isso que a população espera e quer. Quer, claro, a oposição fiscalizando, sugerindo rumos, mas não deseja uma ação sistemática que ponha tudo a perder.

Pragmáticos, alguns - por serem governadores e defenderem interesses específicos - seguem na contramão do time do 'quanto pior, melhor'. Adotaram essa posição nomes como o governador José Serra, o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, e os senadores Antônio Carlos Magalhães e Romeu Tuma (ambos do DEM, ex-PFL).

A idéia é simples: à oposição cabe fiscalizar e propor e, claro, jogar sempre no time dos interesses do país.

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