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quinta-feira, 10 de maio de 2007

Tudo sob controle - 2

O procedimento de Serra em relação ao legislativo é padrão e pode ser notado em todas as instâncias do atual governo. Basta uma pergunta básica: onde estão os secretários do Serra? A resposta é simples: por concentrar poder, o governador não deixa que estes apareçam. Os poucos secretários que aparecem esporadicamente na imprensa são, para citar dois exemplos, o da Segurança Pública (Augusto Marzagão) e a da Educação (Maria Lúcia Vasconcelos) - curiosamente duas áreas onde a situação é mais grave, e apenas para tentar justificar os erros dos 12 anos de tucanato.

Outra figura que Serra praticamente sepultou politicamente foi o vice-governador Alberto Goldman, alçado à Secretaria do Desenvolvimento. Por onde andará Goldman? Ningúem sabe, ninguém viu! O mesmo vale para 'apêndices' de outras secretarias, outrora com alguma importância política e de gestão.

Mas o governador quer mais: as universidades públicas no cabresto, investe forte no controle total da Assembléia para que não se investigue nada por lá e ampliou a ação iniciada na Prefeitura de São Paulo (quando por aqui foi prefeito) de 'criminalização' dos movimentos sociais.

O fato concreto é que Serra determina exclusividade nos holofotes sobre sua pessoa, não admitindo que 'auxiliares' vão além da condição de auxiliares. Essa é, sim, uma das características do que chamo aqui de "a face autoritária" do Serra.

Repetindo a expressão cunhada pelo o ex-governador Cláudio Lembo no auge dos ataques do crime organizado em São Paulo, em 2006, Serra pode dizer: "Está tudo sob controle". E põe "sob controle" nisso...

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