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segunda-feira, 7 de maio de 2007

Escolas superlotadas são apenas parte da crise

A crise por que passa o sistema de ensino do município de São Paulo tem na suporlotação das salas de aula apenas uma das partes visíveis do problema. Sem projeto e sem apontar saídas no plano pedagógico, salarial e administrativo, a prefeitura tenta esconder o assunto por meio de 'notas oficiais'. O Jornal da Tarde desta segunda-feira traz uma matéria esclarecedora sobre o agravamento da situação. Veja um trecho da reportagem assinada por Arthur Guimarães no JT:

Salas de aula abarrotadas

Lotação nas escolas municipais agravou-se em 2007

"A causa para a lotação que abarrota de jovens algumas classes municipais da Capital não é tão precisa quanto a tabuada nem tão conhecida como quem descobriu o Brasil. Mas conversas com alunos, professores e até diretores revelam que há um agravamento da situação em muitos colégios.

Os motivos listados para o quadro seriam o fim do turno na hora do almoço em uma parte da rede, as reformas em algumas unidades e a falta histórica de outras. Na avaliação do sindicato dos professores, seriam necessárias 140 novas escolas na Capital, com 12 salas cada, para que a aprendizagem da juventude ocorresse em contexto ideal.

Na semana passada, o JT visitou três unidades na região que seria a mais prejudicada pela situação, segundo o próprio sindicato dos professores: a Zona Sul . Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Cacilda Becker, um aluno da 8ª série que passava pelo portão, ao lado da mãe, contou que sua classe, 'quando não vem todo mundo', tem 40 estudantes. 'Quando a turma toda aparece, fica com mais ainda, mais de 50', explicou, apesar de tal superlotação extrema não ter sido confirmada por alguns professores abordados".

Clique aqui e leia a matéria completa.

Comentário: esse é o resultado de uma política equivocada da prefeitura, que optou por 'fazer caixa' - guardando dinheiro público em aplicações financeiras (em abril o volume de aplicações superou a cifra dos 4,3 bilhões). Para alcançar essa cifra, a prefeitura cortou investimentos prioritários, não constrói novas unidades, não investe em melhoria salarial para os professores e, desse modo, não tem projeto algum para a melhoria da educação na cidade. O caminho do PSDB no Estado nos últimos 12 anos é o mesmo trilhado pela prefeitura.

Um comentário:

  1. E pensar que existem escolas estaduais vagas, fechadas e com prédios abandonados. Muitas escolas estaduais estão com salas ociosas e tambem poderiam ser aproveitadas. De tudo que aprendi em educação, pelos meus anos de magistério, vejo os governos tucanos fazendo o oposto. Nesses governos, criança e jovem é fardo que eles querem se livrar. Depois a criminalidade entre jovens aumenta e eles querem reduzir a maioridade penal, como se isso fosse adiantar.

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