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terça-feira, 10 de julho de 2007

A política de 'enganação salarial' do PSDB

O protesto de entidades representativas dos policiais, realizado por ocasião dos eventos do feriado estadual de ontem, resumiu a insatisfação da área da Segurança Pública contra a política de 'enganação salarial' do governo do Estado de São Paulo sob o domínio dos tucanos.

Na sexta-feira passada (6), o governo do PSDB tentou justificar cinco anos seguidos sem reajuste salarial para os policiais paulistas com um 'truque de porcentagem' - usando como referência comparativa o ano de 2002 para 'engordar' os reajustes ridículos concedidos à área da Segurança.

Exemplos - Um escrivão de polícia classe especial, que em abril recebia R$ 2.966,59, com o "reajuste" passa a receber R$ 3.106,42. Aplicado o 'truque' do governo, esse reajuste (que não passa de 4,5%) aparece como sendo de 39,84%, já que a comparação é com o ano de 2002, e não com o valor praticado em abril deste ano. Um detalhe importante: esses valores incluem gratificações diversas. Outro exemplo é o soldo dos sargentos - no exemplo a seguir o de um 2º Sargento, que abril recebia proventos de R$ 2.517,35, com o "reajuste" passará a ganhar R$ 2.657,09 (reajuste de 5,5%), mas nas contas do governo isso vai a 53,06%.

Enfim, são vários os exemplos em que é possível desfazer a manipulação da informação, segundo a qual os reajustes concedidos aos policiais ficaram entre 25% e 65%. Ficariam, óbvio, se o índice utilizado como comparativo fosse o indicado, do ano de 2002.

Ora, seria o mesmo que usar como referência o descobrimento do Brasil para comparar os ganhos (até mesmo em alimentação) dos marinheiros que vieram com Cabral ao que recebem hoje os integrantes da Marinha do Brasil. Seria "uma fortuna", certamente!

Confira aqui a tabela salarial da área de Segurança publicada pelo governo do Estado com o 'truque do reajuste'.

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