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domingo, 15 de julho de 2007

O golpe de 64 em mais documentos dos EUA

A Folha de S. Paulo deste domingo (15) traz mais uma série de matérias sobre o direcionamento do golpe militar de 1964 pelo governo dos Estados Unidos - fato que durante décadas foi escondido e negado sistematicamente pela direita brasileira - a participação dos EUA naquele momento conturbado da história do nosso país.

Matéria assinada por Sérgio Dávila remexe em mais uma série de documentos que o governo de Washington está colocando à consulta pública. Alguns desses documentos serão depois transformados em arquivos digitais sobre os anos de 1960. Nesse publicado hoje pelo jornal é possível saber que um plano dos EUA até "antecipou" o golpe de 1º de abril de 64.

Para quem ainda tinha alguma dúvida da gestão americana pró-golpe basta ler o seguinte trecho da matéria da Folha que cita as fontes do próprio governo dos EUA ao enumerar ações que deveriam ser tomadas:

"Uma delas chama a atenção por ser quase uma proposta de ação para os militares revoltosos. Está no item C da página seis, "Afastamento de Goulart por Forças Construtivas", que prevê a "persuasão" para que o então presidente do Brasil, João Goulart (1918-1976), deixe o governo, que o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli (1910-75), o suceda, e que haja uma "tomada militar interina".

Nesse caso, dizia o documento, os EUA deveriam tomar "atitude construtiva e amistosa" em relação ao novo governo. Pois seria o que aconteceria após quatro meses, a partir de 31 de março. As páginas foram enviadas em 6 de janeiro ao conselheiro de Segurança Nacional McGeorge Bundy (1919-1996) e outros funcionários graduados do presidente Lindon Johnson (1908-1973)".

Assinante da Folha/UOL clica aqui para ler uma das matérias da série publicada na Folha de S. Paulo de hoje.

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