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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Solidariedade ao vereador Maninho


O vereador Manoel Eduardo Marinho (foto), o Maninho (PT de Diadema), foi preso de forma arbitrária no último domingo (1º) pela Polícia Civil sob a acusação de liderar uma ocupação em terreno particular no bairro Eldorado. O parlamentar ficou preso até esta quarta-feira (4).

A "operação policial" que resultou na prisão de Maninho lembrou as ações de perseguição política da ditadura militar, uma vez que o vereador é sindicalista de origem e uma das figuras mais respeitadas na Câmara Municipal de Diadema, onde exerce o cargo de Líder do Governo do PT.

Por suas posições firmes em defesa dos direitos, da justiça social e da democracia, ele tem papel de destaque na história recente daquele município como um mediador de conflitos sociais. Ao ser chamado por lideranças do movimento de moradia para intermediar a negociação em um terreno, Maninho acabou sendo apontado por um dos delegados de Diadema como "líder da ocupação" - e preso horas depois em sua casa. O suposto envolvimento dele com a ocupação foi negado com veemência pela sua assessoria, em nota distribuída à imprensa.

REPERCUSSÃO - A repercussão do caso e a forma como determinadas autoridades policiais conduziram o problema - inclusive impedindo o acesso do parlamentar a advogado durante horas - fez com que o deputado federal Vicentinho (PT) fizesse um pronunciamento hoje (4) no Plenário da Câmara dos Deputados, repudiando a ação da polícia e cobrando providências do governo estadual. Nesta quinta-feira, movimentos sociais, parlamentares e sindicalistas realizarão um ato de desagravo ao vereador, em Diadema.

AÇÃO POLÍTICA - Pode ser mera coincidência, mas o jornal Diário do Grande ABC relatou, em matéria publicada ontem (3), um dado que sugere ação política na prisão de Maninho. O jornal disse o seguinte na matéria: "O fato ocorreu a cerca de 100 metros da residência do adversário petista, o deputado estadual José Augusto da Silva Ramos, pré-candidato a prefeito pelo PSDB".

SOLIDARIEDADE - Particularmente, hipoteco solidariedade irrestrita a um companheiro de fibra, que tem história no movimento sindical, na luta pela construção do PT e nos movimentos sociais. Maninho tem uma conduta ética e moral que não pode ficar à mercê de interesses inconfessáveis como estes que o levaram à prisão - lembrando os tristes episódios da repressão política pós-64.

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