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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Leitora questiona mudanças em Bilhete Único

Recebi e-mail da leitora Renata Ferreira, de São Paulo, questionando a mudança introduzida neste ano pela SPTrans no Bilhete Único. Veja as observações pertinentes que ela fez sobre um benefício no qual a administração PSDB/DEM resolveu "mexer" e tirar "direitos" dos usuários do transporte coletivo:

"Desde 29 de março deste ano os usuários do bilhete único não podem mais pagar a passagem e validar seu cartão diretamente com o cobrador. Agora para ter direito a integração nos ônibus de São Paulo os usuários devem pagar no mínimo quatro tarifas, R$ 9,20, adiantado. Por que pagar R$ 9,20 para fazer uma viagem que custa R$ 2,30?

A SPTrans diz que a mudança foi feita para combater casos de fraude com o bilhete. Ao invés de orientar os usuários e contratar funcionários para coibir o uso irregular do bilhete único a empresa simplesmente criou uma medida que prejudica a todas as pessoas que utilizam o serviço. Todos nós fomos considerados culpados, não merecedores da “confiança” da SPTrans. A empresa pode incentivar o pagamento prévio da tarifa, mas não obrigar.

A SPTrans possui poucos postos de recarga e milhões de passageiros. Com a atual estrutura é impossível atender bem aos usuários. Em vez criar maneiras para facilitar e melhorar o atendimento, eles criam mecanismos para prejudicar a população. Obrigam o passageiro a pagar duas vezes para ter acesso a um direito que ele já possui.

Uso transporte coletivo, e todos os dias tenho que pegar dois ônibus para chegar ao meu trabalho. Moro no Alto da Lapa e trabalho na Barra Funda. Bairros praticamente vizinhos. Existe apenas uma linha de ônibus que faz o trajeto inteiro. Essa linha não é confiável. O tempo de espera varia de 20 minutos à uma hora. Então todos os dias, pego um ônibus até a Lapa e de lá pego outro para a Barra Funda. O crédito do meu bilhete acabou ontem à noite, na volta pra casa. Hoje pela manhã eu só contava com cinco reais em dinheiro. A lotérica não autorizou o crédito de cinco reais. Alegaram que o sistema informatizado só permite o crédito de no mínimo oito reais. Por que o “mínimo” da lotérica é diferente do “mínimo” dos postos oficiais da SPTrans?

Liguei para o 0800 da SPTrans para reivindicar a possibilidade de crédito de qualquer valor e principalmente para voltar ao antigo sistema de validação do bilhete diretamente com o cobrador. Em vinte três minutos de conversa tive que ouvir do atendente coisas do tipo: “Dois ônibus... por que você não pega um trem até a Barra Funda?!, “Se você não tem dinheiro eu não posso fazer nada.”, “A passagem custa 2,30 e a integração é um privilégio pra quem tem crédito”, “Temos milhares de postos conveniados mas eu não sei dizer qual é o mais próximo da sua residência.” Como assim? Se ele não sabe, quem vai saber?

Eu tinha cinco e queria pagar uma passagem de R$ 2,30. Exigem que eu pague no mínimo R$ 9,20 adiantado para ter direito aos R$ 2,30. Qual é a lógica? Isso não está certo!

O rapaz que me atendeu no 0800 77 10 118 pediu para eu retornar a ligação dentro de 20 dias para receber a resposta. Peço a ajuda de vocês para que essa resposta seja positiva e que a SPTrans finalmente preste um bom serviço a população da cidade de São Paulo e não prejudique a vida das pessoas".

Atenciosamente

Renata C. S. Ferreira - Capital

PS - Texto publicado com autorização da leitora.

Um comentário:

  1. infelizmente samos nos os próprios prejudicados por não cobrar com medidas praticas como nos juntarmos.fazendo baixo-assinados protestos comtra todas as impunidades que á no pais pois o povo onesto e trabalhador.
    Porque só vai aver melhora quando os politicos que dis ser nossos. mas nos é que trabalhamos p/eles em quanto não fizermos essa revolução infelizes de nós em acreditar que o voto vai mudar algo.Ao meu ver o que mudara com os mesmos pensamentos objetivados nada. só quando fizermos isso nossa pratica do dia a dia.Resumindo ação do verbo agir!!.

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