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terça-feira, 24 de junho de 2008

Alstom/PSDB: propinas de US$ 31 milhões


O caso Alstom/PSDB mostra "números robustos" à medida em que as investigações no exterior avançam - a despeito do governo tucano de José Serra barrar toda e qualquer tentativa de investigação em São Paulo. O jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (24) traz novos dados sobre mais este escândalo envolvendo o tucanato. Veja um trecho da matéria assinada por Eduardo Reina:

Alstom girou US$ 31 mi em propina, diz auditoria

Parte desse dinheiro teria ido para integrantes do PSDB de São Paulo entre 1995 e 2003

"Auditores da KPMG Fides Peat, na Suíça, que trabalharam para a comissão bancária federal, descobriram documentos que detalham o envio ilegal de cerca de 20 milhões - algo em torno de US$ 31 milhões - para a Alstom. O dinheiro teria sido enviado para empresas fantasmas e contas em bancos na Suíça e em Liechtenstein. O destino final seria servidores públicos que negociaram com funcionários da empresa francesa no Brasil, Venezuela, Cingapura e Indonésia.

Acredita-se que o montante dos contratos obtidos mediante o suborno somava pelo menos US$ 200 milhões e que as comissões eram de, no mínimo, 15%. Entre os contratos conquistados estaria o de uma usina hidrelétrica no Brasil, que foi concluída em 2001, além de outros na Venezuela, Cingapura e Indonésia. Nesse valor total está incluído pelo menos um com o Metrô de São Paulo. Alguns dos projetos, incluindo o metrô, tiveram parte do financiamento bancado pelo Banco Mundial. Esse esquema teria funcionado entre 1995 e 2003. Até 1997, o pagamento de remuneração a servidores era legal na França.

As Justiças suíça e francesa tentam descobrir a identidade de um intermediário no Brasil identificado como Cláudio Mendes. Ele teria sido o principal canal para os supostos pagamentos de propina no País. De acordo com o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Suíça, para ganhar contratos com o governo paulista, o suborno teria como destino o “partido no poder” em São Paulo em 1997 - o PSDB -, o Tribunal de Contas e a Secretaria de Estado de Energia".

LEMBRETE - Não custa lembrar que esse período em que as propinas de milhões de dólares eram pagos por essa multinacional corresponde aos governos Mário Covas e Geraldo Alckmin - este último como vice e depois como governador do Estado.

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