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terça-feira, 25 de março de 2008

Pirotecnia eleitoral

Do jornal O Estado de S. Paulo, hoje (25):

"As obras para melhorar o trânsito em São Paulo deveriam começar ontem em quatro pontos da cidade - na Avenida Teotônio Villela, nos Terminais Varginha e Bandeira e no encontro das Avenidas Ipiranga e Consolação -, mas nenhuma mudança foi vista nas ruas. Ocorreu apenas a instalação definitiva do corredor de ônibus da Rua Clélia, na Lapa, zona oeste, que já estava em teste desde o fim de 2007. “Evidentemente no primeiro dia não começa a obra. Há pequenos projetos e constituição de equipes. Você tem uma demanda inicial para que se possa preparar o início, mas foi dada a definição na semana passada”, justificou o prefeito Gilberto Kassab.

Na quarta-feira, a Prefeitura divulgou um pacote de medidas para o setor, que incluía a restrição de estacionamento em 17 ruas da cidade - que só deve começar a funcionar em 15 dias -, a divulgação de 175 rotas alternativas e 19 obras em corredores de ônibus.

Depois do feriado prolongado, a única mudança visível para o paulistano foi a barreira de cavaletes, colocados na quinta-feira, num trecho sem saída na altura do número 120 da Avenida Ipiranga, no encontro com a Rua da Consolação, no centro". Leia mais.

Comentário: Não é precisa ser um especialista para saber que as medidas adotadas pelo prefeito em nada vão aliviar os congestinamentos na cidade. Em ano eleitoral, o prefeito tenta jogar para a platéia. Passaram-se mais de três anos de governo PSDB/DEMO e o povo paulistano não consegue listar uma única intervenção significativa que apontasse qualquer perspctiva de solução, nem mesmo a médio prazo, para o caótico trânsito de São Paulo. Pelo contrário, todas as obras estratégicas vistas como solução para este problema estão paradas ou andando a passo de tartaruga. Um exemplo é o Rodoanel, visto por todos como o instrumento mais eficaz para retirar a maioria do tráfego intermunicipal das ruas da cidade. No rítimo atual, vai demorar mais de 40 anos para ser concluído. Outros duas saídas são: a expansão da rede metroviária, vista por todos especialistas como a solução para o transporte público - em São Paulo é de 1.5km por ano, quase nada diante das necessidades, e os corredores de ônibus, planejados para aumentar a velocidade dos ônibus e melhorar a qualidades dos serviços prestados por esta modalidade de transporte, foram pararalisados na atual administração.

A Companhia Engenharia e Tráfego (CET), responsável pela gestão do trânsito na cidade, foi sucateada. As viaturas são insuficientes para atender a demanda. O número de funcionários diminuiu e são mal pagos. A quantidade de semáforos quebrados por falta de manutenção contribui para aumentar os problemas da área. Até os uniformes comprados para seus agentes são inadequados, como bem denunciou o sindicato dos trabalhadores da CET.

Diante do caos instalado no trânsito da cidade, as medidas adotadas não passam de pirotecnia midiática com propósitos eleitoreiros. Mas como diz o ditado popular, "mentira tem pernas curtas" - logo a máscara cairá.

O povo está de olho!!!

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