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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Câmara aprova moção contra invasão da USP


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na tarde desta quarta-feira (24) uma moção de repúdio à invasão do campus da USP pela Polícia Militar, orquestrada pelo governo do PSDB com a intenção de intimidar os movimentos reivindicatórios de servidores, professores e alunos das universidades estaduais paulistas em greve. Este foi mais um episódio que reafirma o caráter autoritário do governo José Serra e da sua política educacional que visa, como já ocorre na rede estadual de ensino, a piora da qualidade da educação também no plano universitário.

A moção foi proposta pelo vereador Jamil Murad (PC do B) e subscrita por mim e pelos vereadores Donato (PT), Chico Macena (PT), Cláudio Prado (PDT) e Eliseu Gabriel (PSB). Veja abaixo o texto da moção aprovada pelo plenário da Casa:

MOÇÃO DE REPÚDIO À INVASÃO DO CAMPUS DA USP PELA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO E REIVINDICAÇÃO DE PROVIDÊNCIAS

Considerando a invasão do campus universitário da USP pela Polícia Militar de São Paulo, no último dia 9/6/2009, que chegou a utilizar bombas de efeito moral e balas de borracha e resulto em detenções e lesões corporais,

Considerando que tais acontecimentos ferem a autonomia universitária e afrontam o estado de direito e as regras da livre manifestação e negociação, pilares da democracia,

Considerando ainda que tais atitudes dificultam a atravancam a necessária negociação e debate entre as partes envolvidas,

PROPOMOS ao Egrégio Plenário, com fundamento e na forma regimental, a manifestação desta Edilidade no sentido de REPUDIAR a invasão referida e exigir a imediata retirada da Polícia Militar do Campus Universitário da USP, retomada das negociações entre os estudantes, funcionários e a Reitoria, e o pronto restabelecimento do Estado de Direito e da Autonomia Universitária.

Solicitamos que cópias da presente Moção sejam enviadas ao Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público Estadual, Reitoria da USP, Associação dos Docentes da USP, UNICAMP e UNESP, respectivos diretórios acadêmicos e aos sindicatos de trabalhadores destas universidades.

Um comentário:

  1. É vegonhoso ver uma universidade que deveria ser um símbolo para a prática da democracia, se transformar no exemplo de intolerância. Um regime democratico é construído na diversidade.

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