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sábado, 15 de setembro de 2007

Cirurgia da obesidade

Do caderno Folha Inlustrada por DRAUZIO VARELLA

CIRURGIA PARA obesidade é medida radical indicada apenas em casos graves. Por meio dela, procura-se reduzir o volume do estômago e, dependendo da técnica, o comprimento do intestino para dificultar a absorção de nutrientes.
Batizada com o nome de bariátrica, é um procedimento de alta complexidade que envolve internação hospitalar prolongada, UTI, exige sacrifício, disciplina na dieta, mudança comportamental, prática regular de atividade física e acom- panhamento médico, pelo resto da vida.
Por meio dela, o obeso troca uma doença grave por outra de curso mais benigno: a desnutrição crônica.

Para indicá-la, é preciso conhecer o índice de massa corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso pela altura elevada ao quadrado (IMC = peso / altura x altura).
Desde 1991, existe um consenso internacional de que a cirurgia bariátrica tem as seguintes indicações gerais:
1) IMC maior ou igual a 40.
2) IMC maior ou igual a 35, quando houver estados mórbidos associados (hipertensão e/ou diabetes difíceis de compensar, limitações ortopédicas, apnéia do sono etc.).
3) Falha no tratamento clínico após 2 anos.
4) Obesidade grave instalada há mais de 5 anos.

Segundo o Ministério da Saúde, existem cerca de 2 milhões de pessoas com IMC 40, no Brasil. Como esse número aumenta 3% ao ano, surgem 5.000 casos novos por mês.

O tratamento clínico das complicações da obesidade custa para o sistema de saúde seis vezes mais do que o cirúrgico, uma vez que a perda de peso induzida pela cirurgia reduz a incidência de diabetes, facilita o controle da hipertensão, do colesterol, a correção de problemas ortopédicos e melhora a qualidade de vida. Assinantes, leia mais.

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