Páginas

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Dinheiro público, uso privado

Do Jornal da Tarde, hoje (24):

Escolta para parentes: PV quer CPI na Assembléia

"O deputado estadual Major Olímpio (PV) quer pedir abertura de CPI na Assembléia Legislativa para investigar o caso da escolta de 9 policiais, enviados ao Guarujá, para proteger a filha e a ex-mulher do secretário-adjunto de Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto.

Novas notas fiscais comprovam que a estadia no Litoral foi de, pelo menos, 23 dias - de 19 de janeiro a 10 de fevereiro. O valor gasto com hospedagem, alimentação e outros itens já ultrapassa R$ 6 mil.

Despesas da escolta foram pagas com dinheiro público e lançadas nos gastos do governo estadual como “operação policial reservada”. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) alega que a escolta é autorizada por decreto e foi motivada por “situação concreta de risco”. Em 2007, gastos sigilosos da SSP consumiram R$ 7,2 milhões - dos quais R$ 4,5 milhões nos cartões do governo estadual.

A maioria das 54 notas obtidas pela reportagem não traz quem fez o gasto. Três estão em nome da secretaria, duas em nome de uma policial e uma em nome de um soldado da PM. “Fica claro que há total descontrole”, diz Major Olímpio. “Não dá para saber se foi um policial mesmo (que fez o gasto), o que demonstra o uso indevido do dinheiro público.”

Comentário: Até as pedras sabem que sobram assuntos sérios para serem investigados pelos deputados estaduais paulistas, mas estes preferem - sob a batuta do governador José Serra - entreter-se com "perfumaria". Tem tanta CPI na fila da Alesp que o Major Olímpio vai suar muito, mais uma vez, nessa tentativa de furar o bloqueio tucano às investigações. Mas, como diz o ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Quem sabe!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário