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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aumentos dos gastos não ajuda na qualificação dos serviços de sáude em SP

Do Jornal da Tarde

"O estouro dos gastos na área da saúde tornou-se a principal preocupação para a equipe de transição do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A abertura de Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e unidades da Rede Lucy Montoro, entre outras medidas que serviram de vitrine na campanha do ex-presidenciável José Serra, levaram a um salto nas despesas do setor em 2010.

Neste ano eleitoral, se as previsões orçamentárias da Secretaria da Saúde forem atingidas, as despesas correntes – com pessoal, material de consumo e repasses para organizações sociais, entre outras – chegarão a quase R$ 12,5 bilhões. Em comparação ao que foi desembolsado em 2009, será um aumento real – já descontada a inflação – de 22%, a maior variação anual da gestão Serra-Alberto Goldman.

A fatia referente à Saúde no bolo das despesas totais do governo vem aumentando ano a ano – era de 11% em 2006, chegou a 11,8% em 2009 e caminha para um recorde em 2010. Para arcar com o crescimento dos custos, o Tesouro estadual liberou neste ano mais de R$ 1 bilhão em créditos suplementares para a pasta. Pesquisa no Diário Oficial mostra que, somente no último mês, foram enviados R$ 369 milhões". Leia mais.

Comentário: A saúde pública no Estado de São Paulo anda de mal a pior. Por mera preocupação eleitoreira e no afã de fazer um contraponto ao governo Lula, o PSDB - sem nenhuma preocupação estratégica com o futuro e de forma açodada-, construiu ou reformou bonitos prédios e deu a eles um nome sugestivo: Ambulatório de Especialidades (AMEs) que apesar do pomposo nome, em matéria de especialidades quase não funcionam – os usuários do sistema chegam demorar até cinco meses para conseguir agendar uma consulta. Uma vergonha para um estado tão rico como é caso de SP!

Também os serviços prestados pelas Organizações Sociais não são bons. A expansão dos serviços prestados por estas entidades se deu sob o argumento tucano de tornar os serviços mais eficientes. Com raríssima exceção, não foi o que aconteceu: para além da falta de fiscalização e do apadrinhamento de parte destas entidades por políticos da base governistas, a gestão dos serviços de saúde em SP deixa muito a desejar. O povo paulista não merece tanto descaso!

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