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terça-feira, 30 de março de 2010

Educação: a cidade merece mais

A gestão da ex-prefeita Marta, depois de constatar falta de vagas nas escolas, crianças percorrendo até 6 km a pé para estudar e famílias sem condições de comprar materiais escolares para seus filhos, implantou um vigoroso projeto de construção de novas unidades escolares e CEUs, uniformes e materiais escolares gratuitos na rede municipal e o programa “Vai e Volta” para atender, gratuitamente, crianças que não podiam pagar transporte escolar particular.

Infelizmente, não vejo o mesmo dinamismo do governo atual nesta área: o programa de construção de CEUs foi abandonado; há imperfeições no sistema de distribuição dos uniformes e materiais escolares; crianças, pais e professores reclamam da qualidade da merenda e o programa “Vai e Volta” foi praticamente abandonado.

O Jornal da Tarde de hoje (30) traz a seguinte denúncia: “Aos seis anos, Kailane Nascimento dos Santos está fora da escola, provavelmente, por um erro de quilometragem. A menina, que até o ano passado cursava o ensino infantil no Centro de Educação Unificado (CEU) Jaçanã, zona norte, foi transferida para fazer a 1ª série do ensino fundamental num colégio estadual a 1,6 km de sua casa. Desde o início do ano, a mãe tenta sem sucesso o retorno da criança ao CEU, que fica a um quilômetro da moradia da família, de onde, inclusive, a unidade pode ser avistada”. Leia mais.

O caso da menina Kailane não é um caso isolado. Quem anda pela periferia de São Paulo encontra milhares de crianças vivendo situações iguais ou piores. Facilitar o acesso das crianças pobres às escolas do município é fundamental para construir uma educação decente e democratizada. Construir novas escolas, organizar melhor as demandas sem politicagem, aperfeiçoar programas como o “Vai e Volta”, remunerar melhor os professores, entre outras, são medidas necessárias na busca de uma maior perfeição nos serviços prestados na área de educação.

Desejo o melhor para a nossa cidade. Reconheço a complexidade do nosso sistema educacional, porém o município pode e deve melhorar a qualidade do seu ensino público. Nossas crianças merecem um futuro melhor!

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