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domingo, 19 de junho de 2011

Até a bancada tucana reclama!

Do Jornal da Tarde
"Em reunião tensa que adentrou a madrugada de ontem, deputados do PSDB responsabilizaram o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, pela crise na relação da bancada com o governo Geraldo Alckmin. Além da falta de diálogo do Executivo com os aliados na Assembleia Legislativa, os tucanos criticaram o articulador político pela demora na liberação das emendas parlamentares, que ainda estão zeradas após quase seis meses de gestão.

O encontro, em uma pizzaria no Itaim, zona sul da capital, era para acalmar os ânimos no ninho tucano. Ontem, o JT revelou que há um clima de disputa entre o presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), e o líder do governo, Samuel Moreira (PSDB), que tem ameaçado a votação de projetos de interesse do governo. Mas o que se viu em quatro horas de conversa foi uma “lavagem de roupa suja” coletiva.

“Falta orientação política do governo no rumos dos projetos que chegam na Casa. A gente não sabe o que o governo pensa e o governo não sabe o que a bancada pensa”, queixou-se um dos deputados presentes ao encontro. “Estamos totalmente desprestigiados. Você liga para falar com secretários e não é atendido”, criticou outro tucano.

O quadro de insatisfação generalizada é agravado pela demora do governo em liberar as emendas parlamentares – cota de recursos a que cada deputado tem direito para destinar a obras ou programas específicos em seus redutos eleitorais. É Beraldo quem controla as emendas e, até agora, nada foi liberado. “Não é insatisfação só da bancada do PSDB. É da Assembleia toda”, resumiu um tucano.

Fogo amigo
Segundo relato de um participante do encontro, Beraldo não sinalizou nenhuma mudança. Ele tentou amenizar o clima dizendo ter ouvido de um petista que, se o clima no PSDB continuar assim, o PT nem precisará fazer oposição ao governo. O comentário não caiu bem na bancada. Procurado, o secretário não quis se manifestar. Segundo o JT apurou, ele se reuniu ontem com Moreira e o líder da bancada, Orlando Morando, para tentar amenizar o clima".

Comentário: Nenhuma democracia no mundo sobrevive sem um parlamento forte. No caso de São Paulo, a Assembléia Legislativa mais parece com um departamento do executivo, nenhuma matéria importante é votada sem o consentimento prévio do governador. Infelizmente, são poucos os parlamentares que atuam com independência, a grande maioria faz do pragmatismo o centro de sua ação parlamentar. É lastimável que o maior parlamento estadual do Brasil, seja desrespeitado por um governo que se diz democrático.

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