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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Mais de R$ 3 bi na lama e uma nova promessa


Em mais de duas décadas, o dinheiro gasto em projetos de limpeza e aprofundamento da calha do Rio Tietê alimentou apenas alimentou um grupo de empresas que ganhou o apelido de "indústria da lama" - exatamente por retirar sedimentos do rio com a promessa de que não haveria mais transbordamentos. Esses projetos já consumiram mais de R$ 3 bilhões e não cumpriram o prometido. As seguidas imagens das marginais alagadas ano após ano são a prova do seu fracasso.

Pouco tempo depois do início do seu primeiro mandato (2003), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fez a besteira de prometer que "o Rio Tietê só transbordaria em 100 anos". O fiasco ocorreu naquele ano e nos anos seguintes. Só no ano passado foram dois transbordamentos. Agora a promessa se repete, segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo. Veja um trecho da nova promessa feita pelo governador tucano ao Estadão:

Chance de o Tietê transbordar será de 1%, diz Estado

"O governo do Estado de São Paulo afirma que, até o fim do ano, o Rio Tietê voltará a ter a mesma vazão de 2005, quando foi entregue a obra de rebaixamento da calha do rio. Com a retirada de 900 mil m³ de sedimentos por obras de desassoreamento, o rio retomaria a capacidade de vazão de 1.048 m³ por segundo na altura do Cebolão. As chances de ocorrer uma chuva capaz de fazer a calha transbordar serão de 1%". Leia mais.

COMENTÁRIO - Como dizia o consagrado ator Jack Palance (foto) na abertura de um antigo seriado de TV no qual ele apresentava casos absurdos, "Acredite se quiser!". No caso da promessa tucana, é prudente ser entendida ao contrário: as chances de o Tietê "não transbordar" são de 1%!

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