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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Da ficção tucana ao Brasil real


Enquanto 'analistas' diversos gastaram tempo, tinta, páginas impressas e virtuais falando do programa de auditório do FHC, ou melhor, do PSDB em rede nacional de rádio e televisão no qual José Serra foi "escanteado", faltaram observações acerca de qual Brasil estavam falando os marqueteiros tucanos e suas lideranças.

A teimosia da cúpula destes líderes da oposição contrasta, mais uma vez, com a realidade que a população conhece bem e que, por isso, deu a vitória à coligação liderada pela presidenta Dilma Rousseff em outubro do ano passado.

O país vive situação de pleno emprego, mas os 'atores' do programa se queixavam do desemprego, falavam em violência como se não representassem um partido que esteve (e está em grandes centros) no poder ou, ainda, insistiam em falar da falta de incentivo às atividades produtivas justo quando o Brasil cresce mais do que nos 24 anos anteriores. É uma oposição que vive na contramão.

Recentemente, outro dado veio confirmar a falta de senso de realidade dos líderes tucanos: o país vive uma das mais confortáveis fases de sua economia em matéria de reservas internacionais: hoje temos mais US$ 300 bilhões (trezentos bilhões de dólares) em reservas. FHC, ao deixar o governo, entregou a Lula um país com pouco mais de US$ 30 bilhões, ou seja, literalmente quebrado e vulnerável a crises externas, isso depois de ter levado o Brasil à bancarrota por duas vezes!

A impressão que se teve é que o tal programa partidário refletiu apenas a disputa interna que arrasta tucanos e aliados. Isso foi o que apareceu no conteúdo apresentado. Ademais, a única "crise" brasileira existente no momento é a do poder interno no tucanato nacional, uma guerra que opõe suas lideranças em torno de um projeto claramente personalista.

Vamos acompanhar o desenrolar desta crise e ver quem vai fazer autocrítica no ninho tucano, algo que sempre é difícil quando se trata de algumas de suas figuras que hoje vivem de um passado que só empolga setores da imprensa e saudosistas de plantão.

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