Passageiros da Linha F da CPTM (Brás-Calmon Viana) tomaram um susto na tarde de hoje: um trem novo apareceu pela primeira vez em quase duas décadas. Limpo, novo, com ar funcionando, portas, piso e outros itens básicos que são o contraste com as sucatas que circulam nesta e noutras linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Mas foi apenas uma composição.
Pena que esta boa notícia componha apenas o universo de 0,1% dos trens que os tucanos sucatearam ao extremo - 99,99% das composições estão circulando caindo aos pedaços. O preço da passagem, claro, é o mesmo do Metrô (R$ 2,30). Preço de Bélgica, serviço de Índia (a famosa expressão Belíndia, criada na década de 80 por um economista).
Os trens da CPTM representam uma forma gritante de desrespeito aos cidadãos que trabalham diariamente e têm esse transporte como única alternativa para vir das periferias ao centro.
E as estações? Bom, essas continuam, em sua maioria, em estado de calamidade. Em 2006, durante a campanha, o ex-governador Geraldo Alckmin encheu as estações de máquinas e de trabalhadores, prometendo reforma e construção de novas. Foi tudo abandonado. E não tem prazo para a retomada.
O trem solitário continuará nos trilhos até sabe-se lá quando...
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