O ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto, assina um artigo no Jornal da Tarde desta segunda-feira propondo à Assembléia Legislativa paulista a abertura de uma CPI para investigar a responsabilidade pela "tragédia na educação" no Estado. Não precisa investigar muito, dado o escancaramento do problema, para chegarmos aos culpados diretos: os sucessivos governos do PSDB/PFL (DEM). E Serra vai no mesmo caminho.
Pazzianotto deve estar ciente, claro, de que não é bem assim que se abre CPI em São Paulo. A fila de irregularidades só cresce, mas cresce mais ainda a fila das CPIs que os tucanos e aliados não deixam ser instaladas (Rodoanel, Calha do Tietê, CDHU, privatizações, Metrô etc).
Jà se tentou, ainda durante a administração Mário Covas, apurar o desvio de recursos superiores a R$ 6 bilhões do Orçamento da Educação para outros fins. O pedido de CPI na Educação levou uma bicada tucana tão forte que morreu pouco tempo depois de chegar à Mesa da Assembléia Legislativa.
Mas é legítima a preocupação do ex-ministro, assim como de toda a sociedade paulista, que espera o fim dessas infindáveis manobras parlamentares tucanas quando o assunto é a investigação - dos procedimentos deles, claro.
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