Do site Carta Maior
PORTO ALEGRE - A governadora Yeda Crusius tem motivos para se preocupar. Um de seus coordenadores de campanha, nas eleições de 2006, o empresário e lobista Lair Ferst, é um dos principais nomes citados no inquérito da Polícia Federal sobre as fraudes no Detran. "Quadrilha criminosa. Crime organizado. Corrupção de agentes públicos com metas empresariais". Essas foram algumas das expressões utilizadas pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, para descrever os crimes praticados no órgão.
Ferst trabalhou na coordenação da campanha (na área financeira), ou como definiu a governadora no ano passado, “estava ali dando uma mão”. Ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembléia, Ferst chegou a ser cogitado para ocupar uma secretaria no governo estadual. Até aqui, Yeda e o PSDB não esclareceram qual era mesmo o papel de Lair Ferst na campanha eleitoral.
Na época da campanha, o esquema de fraudes no Detran ainda não havia sido descoberto. No momento em que Ferst é apontado pelas investigações da Polícia Federal como envolvido no crime (mais do que isso, um dos principais protagonistas), em curso em 2006, a sua atuação na coordenação financeira da campanha de Yeda ficou sob suspeita. Nas últimas semanas, a governadora fez várias críticas à Polícia Federal e à CPI do Detran, instalada na Assembléia Legislativa. “A CPI é política e quer chegar no meu gabinete”, protestou. Nesta sexta, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu as investigações da PF e recomendou cautela à governadora em suas declarações. Leia mais.
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