Viaduto do Chá - Essa denominação lembra o cultivo do chá em São Paulo e principalmente, o morro do Chá, situado em terrenos onde se encontram o Teatro Municipal e prédios adjacentes. Foi planejado por Jules Martin em 1879, mas em vista das dificuldades financeiras e administrativas somente foi inaugurado em 6 de novembro de 1892, com a presença do Presidente do Estado, Dr. Bernardino de Campos. A demora do início das obras decorreu da temosia do barão de Tatui que se negava em permitir a demolição do seu sobrado senhorial, que era situado na esquina da rua Líbero Badaró com a atual praça do Patriarca. Vencida a resistência do barão, foram os trabalhos iniciados em 1888. A armação metálica foi encomendada na Alemanha, em Duisburg. Tinha 240 metros de comprimento, por 14 de largura. Inaugurado esse primitivo viaduto do Chá, cobrava-se três vintens de pedágio para quem desejasse atravessá-lo. Havia no centro um grande portão que se fechava a noite. A cidade era pacata, pois ninguém queria trafegar depois das dez horas por ali. O nome de viaduto do chá provém da existência, no vale do Anhangabaú, de uma plantação de chá, na vasta chácara do barão de Itapetininga. Esse primeiro viaduto durou até 1936. Com o crecimento da cidade, o intenso tráfego de bondes e automóveis, a velha estrutura já não atendia ao que dela se solicitava. Por outro lado, não era o que se podia esperar ou chamar de uma estrutura monumental. Daí a sua demolição no citado ano. A atual construção do viaduto do chá, em concreto armado, possui um arco central de 66 metros de vão e 110 metros de comprimento por 25 de largura. O vale foi definitivamente urbanizado entre 1938 e 1945, na primeira administração do grande prefeito Prestes Maia, com ajardinamento, canalização, etc. Sobre o rio Anhangabaú canalizado iniciou-se a avenida 9 de julho, para os lados do espigão central e no sentido da avenida Tiradentes, a Avenida da Luz, estabelecendo assim a ligação com a zona norte da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário