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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mais luzes sobre o caso Alstom-PSDB


Do Jornal da Tarde, hoje (30):

MP apura propina a tucanos via offshore

"Seis empresas offshore, duas das quais controladas por brasileiros, teriam sido utilizadas pela multinacional francesa Alstom para, supostamente, repassar propinas a autoridades e políticos paulistas entre 1998 e 2001, durante governo do PSDB no Estado. Os pagamentos seriam feitos com base em trabalhos de consultoria de fachada.

Documentos enviados ao Brasil pelo Ministério Público da Suíça, que chegaram ontem ao Ministério da Justiça, revelam que, nesse período, o dinheiro com origem e contabilidade suspeitas chegou a pelo menos 34 milhões de francos franceses. O valor atualizado das “comissões” supostamente pagas pela Alstom em troca da assinatura de contratos em São Paulo chegaria a aproximadamente R$ 13,5 milhões. Offshores são empresas constituídas em paraísos fiscais, onde gozam de privilégios tributários e proteção por regras de sigilo que dificultam as investigações.

Investigadores suíços tratam os recursos de “gratificações ilícitas” por estarem atrelados a contratos de consultoria. As “comissões” teriam sido negociadas via contratos de consultoria de abril a outubro de 1998 - no governo Mário Covas -, quando a Alstom T&D (Transmission and Distribution) e a Eletropaulo discutiam contrato aditivo à obra de reforma e expansão do Metrô paulista. Parte dos repasses era realizada pela empresa Cegelec, também é do grupo Alstom.

Ex-funcionário admite esquema

Um ex-funcionário do setor de finanças da Alstom brasileira disse, com a condição de anonimato, que alguns fornecedores emitiam notas fiscais com valores alterados e/ou produtos e serviços nunca entregues ou executados. Segundo ele, o valor da propina entrava no custo total do projeto, deixando a verba diluída com o custo de fornecimento de materiais e serviços".

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