A cidade de São Paulo se prepara para ver seus problemas de trânsito piorarem - a se confirmar o indicativo de greve dos motoristas e cobradores de ônibus para a próxima segunda-feira (19) - e a administração municipal faz de conta que não tem nada a ver com isso. Ontem (12), por exemplo, a categoria realizou uma grande manifestação na porta da Prefeitura de São Paulo e o prédio onde trabalha o prefeito Kassab mais parecia um "castelo fantasma".
O governo Serra/Kassab prefere usar a tática do "ouvido de mercador" (fazer de conta que não tem nada a ver com o assunto), enquanto o sindicato dos motoristas e o sindicato patronal estão numa queda de braço acerca do reajuste salarial a que os trabalhadores têm direito. A Secretaria Municipal dos Transportes se refere ao embate entre trabalhadores e empresários como se fosse algo "estritamente privado", e não um problema num dos setores de extrema sensibilidade para a população.
O "segredo" dessa postura do governo é simples: se a prefeitura entrar na "disputa", talvez seja obrigada a "antecipar" o aumento do preço da passagem de ônibus. E isso só está previsto para uma data "especial" - um dia depois de fechadas as urnas em 2008...
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