Do Estadão de hoje (15)
Aumento foi ainda maior para os trabalhadores mais pobres e nas Regiões Norte e Nordeste, menos desenvolvidas
Impulsionada pela retomada da economia, e protegida pelo controle rígido da inflação, a renda do trabalhador brasileiro teve em 2006 o maior avanço dos últimos 11 anos. Esse aumento da riqueza derivada do trabalho, que exclui transferências como o Bolsa-Família e as aposentadorias, foi ainda mais acentuado para os trabalhadores mais pobres do País, e nas regiões menos desenvolvidas do Brasil, o Norte e Nordeste. A desigualdade da renda prosseguiu no processo de queda iniciado em 1993, quando o índice de Gini (que cresce à medida que piora) era de 0,600. Em 2006, foi de 0,541, abaixo do nível de 0,544 de 2005.
O rendimento médio do trabalho deu um forte salto de 7,2% de 2005 para 2006, saindo de R$ 824 para R$ 883. Esse indicador soma todos os tipos de trabalho de uma mesma pessoa, caso tenha mais de um. De 1996 a 2003, o rendimento caiu todos os anos, em 2004 ficou estável e começou a se recuperar em 2005, quando cresceu 4,6%, para R$ 828. O crescimento acumulado desde 2005 é de 12,1%. A renda real do trabalhador voltou ao nível de 1999, mas ainda está 8,9% abaixo da média de R$ 975 em 1996, o maior nível da série com exceção de 1986, ano do Plano Cruzado, quando atingiu R$ 1.055. Todos os valores foram ajustados pela inflação. Leia mais.
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