”Depois de anunciar que iria anular os contratos dos dois túneis que passam sob a Avenida Faria Lima, feitos durante a gestão Marta Suplicy (2001-2004), e de suspender os pagamentos de cerca de R$ 116 milhões devidos às empreiteiras CBPO e Queiroz Galvão, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), teve de recuar. A Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) contratou dois juristas para fazer um parecer sobre a legalidade da medida. Marcio Cammarosano e Antônio Carlos Cintra do Amaral foram enfáticos ao apontar ilegalidade na anulação do contrato. Caso esses contratos fossem anulados, segundo os juristas, a administração ainda poderia ser obrigada a pagar indenização 'custosa' e os funcionários responsáveis pela medida seriam provavelmente penalizados civil e administrativamente. 'Não se pode matar um morto', explica Cintra do Amaral. 'Os contratos que se pretende anular não existem mais porque as obras foram entregues.”
Meu comentário: O ex-prefeito Serra inaugurou a sua administração na cidade de São Paulo rompendo contratos legítimos e legais, dando calote em fornecedores da prefeitura que prestaram serviços fundamentais para a cidade, alegando não ter dinheiro em caixa.
O ex-prefeito faltou duas vezes com a verdade: primeiro, não havia nenhum contrato irregular; segundo, a prefeita Marta Suplicy deixou dinheiro suficiente para o pagamento de todas os contratos que foram empenhados e liquidados em sua gestão.
No fundo o que queriam os adversários da ex-prefeita era simplesmente fazer a desconstrução de seu governo que até hoje é bem avaliado pela população, especialmente os moradores dos bairros periféricos da cidade. A crítica feita por eles era mera peça publicitária a serviço dos projetos partidários tucano-pefelistas.
Quando a mentira é utilizada como ferramenta de luta política, quem normalmente acaba perdendo são os cidadãos. A matéria que o jornal O Estado de São Paulo publica acima é o exemplo de uma mentira bem contada que quase virou verdade. No fundo, eles estão empurrando a dívida com a barriga ao deixar de pagar obras e serviços executados por contratos legitimamente firmados. É a velha estratégia de acumular dinheiro em caixa para gastar no ano eleitoral.
A atual gestão já está tendo que arcar com pesadas multas por deixar de cumprir alguns contratos. A decorrência dessa atitude irresponsável é comprometimento das finanças do município e, conseqüentemente, as futuras administrações.
Veja o que disse o vereador Antônio Donato (PT): 'Dizem que estão saneando a Prefeitura. Mas não pagam e jogam o abacaxi para frente.'
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