Pode escrever: o governo do tucano José Serra tende a ser marcado como um dos momentos de maior tumulto político que a administração pública estadual já conheceu nas últimas décadas. É da natureza do atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes a "concentração de poder" (sua face autoritária), e isso é uma fonte geradora de conflitos permanentes.
Em qualquer setor, sempre estará lá a "mão invisível" do governador a "moldar" o governo ao seu 'estilo pessoal'. O mais recente lugar vitimado pela ação dele é o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), cujo presidente, Carlos Dêgelo, foi demitido (a pedido de Serra) e gerou uma crise, revelada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo. A ponto de 15 conselheiros do órgão pedirem demissão em solidariedade a Dêgelo.
Pelo visto não vai sobrar um único espaço na administração pública estadual imune a crises desde que Serra entrou. Educação, patrimônio histórico, Cultura, Transportes - onde o Serra fez sua "intervenção" a coisa só piorou ou entrou em crise. E olha que nem completou ainda os primeiros 100 dias de governo...
PS - Não é difícil entender as razões "laterais" da crise no governo estadual: o governador passa o dia falando do governo Lula e de assuntos que não competem ao governo do Estado, e sim ao governo federal. Tudo voltado para 2010...
Sem dúvida alguma, essa troca de comando no Condephaat não é simplesmente para colocar um amigo num cargo público. Mas porque o Serra quer nesse cargo algum marionete que faça tudo o que ele quer. Então, podemos esperar ataques ao patrimônio histórico, arquológico, artístico e turístico do nosso estado.
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