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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A política pequena da oposição BBB

"Incapaz de implementar um projeto de país, a oposição ao governo Lula não se faz de rogada. Descarta qualquer possibilidade institucional de diálogo partidário e abraça, com apoio da grande imprensa, a política miúda. Despe-se de qualquer veleidade republicana, troca o debate público pelos cochichos nos corredores do Congresso e faz da chantagem e dos conchavos golpistas os elementos centrais de ação política.

Para as principais lideranças do PFL (DEM) e do PSDB, o que deve ser preservado é a exclusividade de suas demandas. Ao contrário do que argumenta Arthur Virgílio,em mandado de segurança ajuizado no STF,o que interessa no acesso aos dados sigilosos dos cartões corporativos da Presidência da República não é "a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e entidades da administração direta e indireta" Esse é o pretexto usado pelo senador amazonense, lugar-tenente de FHC. O que se tenta atingir tem profundidade maior.

O que move a CPI dos Cartões é a necessidade de impor uma agenda que tire o foco do aspecto central do momento político: a possibilidade, cada vez mais concreta, de o país, quebrando estruturas antiquadas, entrar completamente na modernidade, aprofundando as transformações sociais que se impõem. O que preocupa, e muito, é uma estratégia governamental que desenvolve cidadania ativa, produz alocação eqüitativa de recursos e promove o controle social do Estado".

Os três parágrafos acima compõem um artigo de Gilson Caroni Filho, publicado no site Carta Maior. Vivemos um momento em que parcela significativa da imprensa brasileira se assemelha a um panfleto encomendado pela oposição para atacar o governo Lula.

Segundo Paulo Henrique Amorim, "Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista.

O PIG usa a "crise" todo dia, toda hora (nos portais na internet) para designar qualquer evento que se possa transformar num instrumento para derrubar o Presidente Lula – já que não é outro o objetivo do PIG, senão, o golpe de Estado".

No meu entender, democracia pressupõe contraditório, contraponto. Por isso, recomendo a leitura do artigo acima. Trata-se de uma outra leitura da conjuntura política que não está presente na grande mídia.

Clique aqui para ler o artigo.

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