A entrevista do deputado federal José Eduardo Martins Cardozo às páginas amarelas de Veja desta semana pode ser vista como mais uma etapa dos sucessivos ataques daquela revista ao governo Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Conhecendo a capacidade do nosso secretário-geral, não é razoável supor que Veja tenha “ludibriado” sua consciência política oferecendo a ele o espaço “nobre” da revista para desferir ataques ao partido.
Qualquer dirigente partidário com o mínimo de sabedoria política não cairia numa entrevista-arapuca dessa natureza, ainda mais em se tratando de uma revista sabidamente antipetista. A menos que tivesse necessidade de ocupar espaços que não corresponderiam à sua real importância no partido. Ainda assim, seria – no mínimo – desonesto, aético e contrário a toda uma história que o PT e sua aguerrida militância construíram ao longo dos últimos 28 anos.
A propósito da postura dele na tal entrevista, pode-se perguntar: aonde o deputado José Eduardo quer chegar? Seu desejo é servir a quais interesses?
A função de um secretário-geral de um partido é zelar pelo programa, pela imagem e pelo futuro da agremiação, e não servir de instrumento àqueles que, manifestamente, estabeleceram como estratégia destruí-lo.
Como se não fossem fartos os meios e interesses contrários às políticas sociais e aos avanços construídos pelo governo Lula nos últimos 7 anos, um dirigente partidário se prestar a esse trabalho sugere muito mais do que ele tentou ao longo da entrevista claramente dirigida contra a história petista da qual o próprio José Eduardo faz parte nesses anos todos.
A nota que o deputado soltou tentando justificar o injustificável com a história do PT e da sua militância não convenceria nem mesmo o mais ingênuo dos leitores de Veja. Ele sabe que, no fundo, deve mais explicações aos 28 anos de vida do PT do que aos 40 anos que a revista Veja completará este ano. Ou ele seria capaz de servir a uma publicação que tenta destruir o que custou tanto e a tantos militantes em mais de 40 anos de história política recente do país?
A contribuição do PT para as consquistas políticas, democráticas e sociais em nosso país significa muito mais do que alguns erros individuais cometidos. Ingênuo ele não é. Por isso mesmo não deveria fazer coro aos constantes ataques orquestrados por setores da mídia e da direita que, no fundo, expressam uma disputa de projeto de país. Ou seja, puxar a corda para o lado dos que querem impor ao povo brasileiro uma carga ainda maior do que este suportou durante décadas com sucessivos representantes das elites no poder.
Sinceramente? Olha, nao sei o caminho desse senhor! Acho q nem o PT sabe...
ResponderExcluirPor esta eu não esperava. O senhor José Eduardo está jogando com os nossos adversários. O objetivo central da Veja é derrotar o PT.
ResponderExcluirBem feito para o pessoal da tedência Construindo Um Novo Brasil! Foram eles que escolheram o Zé Eduardo para ser o Secretário Geral do PT. Agora vão conhecer, de perto, o egocentrismo deste companheiro.
ResponderExcluirDefendo que o PT precisa retomar a bandeira da ética como princípio. Também aplaudi a ida da Construindo um Novo Brasil para alguns cargos de comando do PT, pois o Partido precisa se oxigenar, e tenho a coragem de dizer isso aqui neste espaço. Mas condeno o fato do José Eduardo aceitar dar entrevista a essa revista que é o pior veículo da imprensa brasileira. É reacionária, leviana, preconceituosa e um instrumento das forças neoliberais de nosso país.
ResponderExcluirSônia Alves