O PT deu uma aula de democracia no último dia 1° ao submeter a escolha de suas direções aos seus filiados em todo o território nacional. Foram mais de 326 mil petistas que votaram no Processo de eleições Diretas (PED). O processo se torna ainda mais democrático ao prever segundo turno se o candidato a presidente mais votado não obtiver mais de 50% dos votos no primeiro turno.
Disputaram a presidência nacional do partido sete candidatos: Berzoini obteve 131.699(43,42%) e Tatto 61.440 (20,25%). Na seqüência aparecem José Eduardo Cardozo (19,02%), Valter Pomar (12%), Gilney Viana (3,71%), Markus Sokol (0,99%) e José Carlos Miranda (0,61%).
No próximo final de semana, domingo dia 16, os filiados vão escolher em segundo turno entre Ricardo Berzoini e Jilmar Tatto - qual deles será o melhor nome para presidir o partido no próximo biênio. Qual outro partido no Brasil adota um processo interno como este? Tal processo de politização interna é o elemento principal do fortalecimento do PT.
INCOERÊNCIA
Por ocorrência dos episódios de 2004, o ministro Tarso Genro liderou um movimento pregando a "refundação do PT". No primeiro turno do PED defendeu a candidatura do deputado José Eduardo Martins Cardozo. O centro programático de sua campanha era a crítica ao atual núcleo dirigente. Agora no segundo turno ele a a maioria de seu Grupo, Mensagem ao Partido, optaram por apoiar Berzoini. Veja os argumentos do ministro na Folha de S. Paulo de hoje (10):
"Crítico ao atual comando da sigla, especialmente aos desvios éticos, Tarso prega a adesão com dois argumentos. O primeiro é que Berzoini "dá mais estabilidade ao governo". O segundo é um ataque a Tatto. "Ele é um desconhecido, não tem um histórico de posições convincentes, sua candidatura surge de interesses localizados em São Paulo".
Os argumentos dele são incoerentes e pouco consistentes. Para quem queria "refundar o partido" agora está abrindo mão de renovar ao apoiar o atual núcleo dirigente.
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