Matéria de capa do caderno Cotidiano, da Folha de S. Paulo desta segunda-feira (1º), mostra o resultado de uma política deliberada do tucanato que produz resultados desastrosos na educação em mais de uma década. Veja um trecho do que diz a reportagem assinada por Fábio Takahashi:
Alunos do 3º ano têm nota de 8ª série
"Em SP, no final do 2º grau, 43% dos estudantes mostram conhecimentos de leitura e escrita esperados da 8ª série.
Na escola pública, a situação é ainda pior, segundo dados inéditos de um exame federal de avaliação de aprendizagem
"Quase a metade dos estudantes do Estado de São Paulo termina o ensino médio (antigo colegial) com conhecimentos em escrita e leitura esperados para um aluno de oitava série.
Dados inéditos extraídos do último Saeb -exame federal de avaliação de aprendizagem-, realizado em 2005, revelam que 43,1% dos alunos do terceiro ano tiveram notas inferiores a 250, patamar fixado como o mínimo para a oitava série pela secretária de Estado da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro.
Ou seja, eles não conseguem, por exemplo, compreender o efeito de humor provocado por ambigüidade de palavras ou reconhecer diferentes opiniões em um mesmo texto.
Outros 15,2% dos alunos tiveram desempenho ainda pior, similar ao desejado para crianças da quarta série do ensino fundamental (antigo primário).
O quadro seria ainda mais dramático se os alunos da rede privada fossem retirados da conta, uma vez que a média dos estudantes das escolas públicas estaduais é 21,2% inferior à dos alunos das particulares". Leia mais (para assinantes da Folha/UOL).
Comentário - O processo de "desestruturação" do ensino no Estado de São Paulo começou com os tucanos, em 1995, quando a ex-secretária Rose Neubauer e o atual secretário de Comunicação do governador Serra mandavam e desmandavam com a tal política de "melhorias educacionais". Deu no que deu: desorganização, demissão em massa de professores, fechamento de escolas, aprovação automática, queda assombrosa da qualidade e todos os males hoje apontados nas avaliações do ensino. Enfim, o caos foi instalado e Serra tenta "maquiar" a situação, embora seja difícil vender a idéia de que não houve o "fracasso retumbante" na educação paulista.
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