O prefeito Gilberto Kassab foi vaiado ontem (25) na cerimônia de entrega da reforma da Praça da Sé. Entidades que representam a população em situação de rua e a União de Movimentos de Moradia de São Paulo, legitimamente, foram ao evento expressar seus descontentamentos com o modo que vêm sendo tratados pelo governo do Estado e a Prefeitura.
Os moradores de rua e suas entidades protestaram contra a política “higienista”, que tem como concepção fechar os espaços do centro para a população que vive em situação de rua. Segundo estas entidades, a concepção urbanística desenvolvida para a Sé é mais uma ação da Prefeitura - dentre outras - com a finalidade de dificultar o acesso daqueles vivem nas ruas da cidade.
O movimento de moradia estava lá protestando contra a falta de prioridade do governo do Estado e da Prefeitura para a área de moradia popular. Reclamavam também da falta de diálogo dos governos do PSDB/PFL, que nem mesmo os recebem para ouvir a suas reivindicações.
Mais uma vez, setores da imprensa - para desqualificar a manifestação - atribuem a realização do protesto a militantes do PT, desprezando a história de organização independente dos movimentos acima citados.
Vejam os contrastes das frases ditas na imprensa:
Para o Padre Júlio Lancellot, a Prefeitura quer expulsar os moradores de rua. “Não queremos que as pessoas morem nos bancos, queremos que tenham moradia. Mas está claro que existe uma política 'higienista'”. Pelo o que me consta, o Padre não tem nenhuma filiação partidária.
Já para o prefeito Gilberto Kassab, os protestos foram políticos. “São maus políticos, que têm, infelizmente, o viés de estragar a festa mais importante da cidade, que é a festa de seu aniversário”.
Parece que o prefeito não está acostumado com a democracia, com a diversidade de opinião; pelo visto, ele não gosta do contraditório.
Bom dia, Sr. Vereador.
ResponderExcluirFalando em aniversário da cidade, gostaria de saber as despesas gastas pela Prefeitura de São Paulo nas comemorações da data.
Obrigado,
Viviane