A polêmica declaração do subprocurador-geral da República sobre os pedágios ocorre num momento em que aumenta a discussão sobre o tema. O governo federal, por exemplo, suspendeu a concessão de sete trechos de estradas argumentando que deseja uma "tarifa baixa" para as futuras concessões. Só assim retomará o processo.
Dias atrás, o prefeito Gilberto Kassab tentou aprovar às pressas o projeto de lei gestado no governo José Serra que entrega ao Estado a administração das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Estas passariam também a contar com pedágio em novos trechos a serem construídos por empresas privadas.
Ainda em dezembro passado, o governo do Estado lançou a licitação que entrega o trecho Oeste do Rodoanel Mário Covas à iniciativa privada - que também terá pedágio nos seus 30 quilômetros de extensão. A polêmica no caso do Rodoanel ainda será maior quando a Assembléia Legislativa retomar suas atividades, pois voltarão as discussões sobre os valores gastos no trecho até agora construído.
Ou seja, o assunto vai render ainda mais cada vez que Serra reafirmar sua intenção de levar adiante a criação de mais pedágios (o das Marginais - que eu chamo aqui de "Pedágio do Serra" - e o do Rodoanel). Tendo a Prefeitura nas mãos, ainda que de forma indireta, seu intento no município voltará às manchetes logo no início de fevereiro, quando a Câmara Municipal reinicia os trabalhos legislativos.
Antes disso, vamos ficar atentos ao jogo de interesses que está por trás das concessões milionárias das rodovias. Podem surgir novidades antes mesmo disso.
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