É também nas tragédias que alguns agentes públicos e privados demonstram o modo como tratam diferentes setores da população. A cratera aberta na obra da linha 4 do Metrô, que engoliu parte de uma rua nas proximidades da futura estação Pinheiros, na zona oeste da capital, contrasta com outra que surgiu recentemente no Jardim Helena, na zona leste: os moradores da região de Pinheiros foram levados para hotéis, enquanto os do Jardim Helena passaram 22 dias em um motel do bairro, segundo relato do Jornal da Tarde desta quarta-feira (31).
Os moradores atingidos pela "cratera" da zona leste reclamaram à reportagem que não tinham sequer condições de "preparar as mamadeiras das crianças" depois que parte da rua Salsa Parrilha foi engolida e suas casas foram interditadas. No caso do Jardim Helena, o problema surgiu numa tubulação desativada da Sabesp.
Triste ver como o "tratamento diferenciado" - sinal flagrante de desrespeito - ocorre até em tragédias que, a despeito das proporções, guardam semelhanças.
Pois é!
ResponderExcluirAssim é a vida.
Para os ricos hotel de várias estrelas...
Para os pobres e desvalidos motéis de 5ª.
Esse buraco do Serra vai render muito ainda pelo visto. E o buraco que separa ricos e pobres aumenta cada vez mais.
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