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terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Oposição travestida

Um grupo de deputados anunciou com alarde uma reunião para construir uma "terceira via" na disputa para a presidência da Câmara Federal. A reunião aconteceu ontem aqui em São Paulo, com a presença de apenas 16 deputados, sendo a metade do PSDB.

No fundo, o que está se pretendendo com este movimento não é uma "terceira via": eles querem viabilizar uma alternativa de oposição e, com medo de serem desmoralizados politicamente, atuam disfarçados de um discurso aparentemente mudancista. No fundo, querem colocar o Congresso contra o governo Lula, a exemplo do que fizeram no episódio Severino Cavalcante.

Inviabilizada eleitoralmente, a oposição faz como os pescadores, "está sujando a água para tentar pegar o peixe". É o desespero de última hora.

A oposição é sempre bem-vinda em um regime democrático. No entanto, o povo quer ver a sua cara, o seu jeito de agir, pautando suas divergências no campo das idéias e não no "quanto pior, melhor". Essa forma inconseqüente de se fazer oposição o povo rejeitou nas últimas eleições.

Com a nossa democracia amadurecida, a nação deseja uma oposição propositiva, que busque sua afirmação na capacidade de elaborar políticas públicas alternativas, atuando na correçao dos erros da situação e pensando fundamentalmente no futuro do país.

É lastimável o modo de agir dos oposicionistas. Ao invés de fazerem do processo eleitoral no Comgresso um momento especial para debater temas colocados na ordem do dia (tais como reformas política e tributária, crescimento econômico entre tantos outros), perdem tempo e dinheiro público em debates e articulações infindáveis para encontrar um nome palatável aos oposicionistas.

Enquanto isso, fica a pergunta: o que eles propõem para o desenvolvimento do país?

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