Recomendo a leitura do artigo Quando os engraxates opinam (exclusivo para assinantes), do jornalista Roberto Muylaert, publicado na Folha de S. Paulo desta quinta-feira. É uma reflexão muito bem escrita sobre a cobertura dos recentes episódios de Congonhas pela televisão, que não contribuiu, na opinião do articulista, para que o público entendesse melhor sobre acidentes na aviação. E o pior: ninguém cobre devidamente os problemas do transporte terrestre, que só no último mês já mataram quase 700 pessoas.
Num dos trechos, Muylaert provoca o jornalismo televisivo com as seguintes observações:
"É espantoso que, à semelhança das empresas aéreas, não haja um gabinete de crise em cada TV, cuja função seria prestar esclarecimentos as suas vítimas, no caso, os telespectadores: um grupo especializado em aviação, que saiba comentar esses temas sem falar bobagem e com compaixão por quem está sofrendo.
À falta dos especialistas, surgem as propostas da hora, vindas de leigos e autoridades que pretendem resolver os problemas -gerados por sucessivos governos- no tempo de uma entrevista na televisão".
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