O grave acidente nas obras da Linha 4 do Metrô de São Paulo vai completar seis meses no dia 12 próximo. Como toda a imprensa, este blog acompanhou apreensivo o desenrolar dos acontecimentos, tecendo avaliações e críticas ao modelo privatista tucano que está entre as razões que favoreceram a ocorrência daquela tragédia na qual morreram sete pessoas. As críticas se concentraram no contrato "turn key" (também chamado de chave na mão ou 'porteira fechada'), na ausência de fiscalização do governo do Estado e na inexistência de medidas preventivas que poderiam ter evitado o desastre na futura estação Pinheiros.
Respondendo às críticas da imprensa e da opinião pública, o governador tucano José Serra anunciou, à época, a contratação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como "órgão idôneo e competente" (que de fato é) para acompanhar o processo e produzir o laudo com as causas do acidente. Pois bem: passados quase seis meses o fato é que o IPT sequer entrou na cratera até hoje e não tem condições de levantar as causas do acidente. O governo não tem interesse em mexer nesse assunto, sonega informações à população paulista e às famílias dos mortos.
Repete-se a regra tucana de jogar tudo para debaixo do tapete, como ao longo desses quase 13 anos de governo no Estado. Serra age pior ainda, pois poderia alegar que a obra não foi iniciada por ele - e foge das responsabilidades. É claro o jogo do governo para 'atravancar' as investigações, demonstrado cabalmente ao impedir a instalação da CPI do Buraco, protocolada pelo PT na Assembléia Legislativa.
A pergunta é, como disse o Lobão na sua música: "Quem é que vai pagar por isso, quem é que vai pagar por isso?"
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