Publico abaixo duas matérias de fontes diferentes sobre a questão dos pedágios em São Paulo.
O primeiro texto é da Folha de S. Paulo e foi publicado no dia 28 de junho de 2005. Nele, o leitor era informado que "os pedágios não davam lucro" às concessionárias que cuidam de 3,5 mil km de rodovias paulistas. Sugeria que as empresas trabalhavam apenas para manter o sistema, sem receber praticamente nada em troca pelos serviços prestados. Algo quase "franciscano".
Já o segundo texto, um trecho de um editorial do Jornal da Tarde de hoje (10), mostra estudo que derruba a tal "teoria da inexistência do lucro" dos pedágios. Confirma que o setor é um dos mais lucrativos dos últimos tempos. Veja os dois textos e compare:
FOLHA DE S. PAULO - 28/6/2005
“Um balanço financeiro do programa de concessões indicou que 37% da tarifa do pedágio foram destinados a investimentos nas rodovias e 21% gastos operacionais. O restante se distribui em impostos, ônus pago ao Estado e amortização de empréstimos”
JORNAL DA TARDE - 10/7/2007
"Administrar rodovias, mantendo-as em bom estado, é um excelente negócio para as empresas privadas que entraram no ramo com a privatização, conforme demonstra estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao governo federal. De 2003 a 2006, o lucro líquido das concessionárias paulistas aumentou 156,80%, um índice fantástico para uma economia como a nossa e invejado por quaisquer empresas do setor produtivo. A Autoban, responsável pela gestão das Vias Anhangüera e Bandeirantes, teve um lucro de R$ 238,2 milhões nos três últimos anos, tendo a tarifa subido de R$ 1,25, em julho de 1994, para R$ 10,10 cobrados 10 anos depois, quase 10 vezes mais. E o pedágio na Anhangüera e na Bandeirantes superou em 204% a variação do IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo".
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